Corrente contra a MALDIÇÃO DO CRACK

Não podemos deixar que a praga do crack continue destruindo a vida de tantos jovens. Vamos fazer uma corrente contra esse mal. Se nunca usou, nem experimente. E se já é usuário da droga, procure ajuda em algum centro que trabalhe com dependência química.

O crack tem efeito devastador e muito rápido no organismo. Não existe consumo social dessa droga. O usuário logo se torna dependente. O crack causa irritabilidade, depressão, paranóia e violência. Essa droga maldita também afeta a memória e sem falar que acelera os batimentos cardíacos, aumentando a pressão arterial.

Veja o crescimento absurdo do crack no levantamento do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad), da Uerj: em 2005, dos 200 dependentes de cocaína que procuraram atendimento na instituição, apenas um era viciado também em crack. Já em 2008, o número de usuários de crack chegou a 57,3% dos mesmos 200 atendimentos, superando a quantidade de usuários em cocaína em tratamento.

Alô, prefeitura, governo, autoridades! Precisamos de políticas de ocupação e profissionalização para os jovens. Mente vazia é oficina da violência. Jovem precisa de estímulo, de atividades, de perspectivas. Se não, vêm as drogas, o tráfico e fazem dele presa fácil. Sai muito mais barato trabalhar a prevenção do que fazer o tratamento depois. Fala-se tanto em ordem pública. A prefeitura tem andado preocupada com os mijões dos espaços públicos. Não vai existir ordem enquanto milhares de jovens estiverem a mercê das drogas, do tráfico, sem oportunidades de aprenderem uma profissão e trabalharem. Chega de hipocrisia!

Gravidez tem hora

A falta de educação sexual nas escolas e de estrutura familiar tem levado muitas meninas a engravidarem antes do tempo. A maternidade foi uma das coisas mais lindas que Deus criou. Mas na hora certa. Na adolescência, traz muitas complicações. O grande problema acontece porque a adolescente não é criança nem adulta. Sua personalidade está em formação. Ela não está preparada fisicamente nem psicologicamente para ser mãe. E muitas meninas se enganam com a ideia de que "comigo não acontece.”

Convenhamos, não adianta culpar só as famílias pelo problema da gravidez na adolescência. Onde estão políticas fortes e permanentes do Governo para evitar esse problema? Campanhas de vez em quando não resolvem. Educação sexual tem que ser matéria escolar, como português e matemática. Mas as unidades de ensino tratam a sexualidade superficialmente. Elas estão mais preocupadas em preparar para o vestibular do que com as questões sociais.

Como vereadora, criei uma lei para implantação de programas de educação sexual nas escolas do município e junto às famílias, mas o prefeito não regulamentou. Os educadores têm que orientar a garotada não só sobre a importância de usar camisinha ou outros métodos para evitar Aids, várias doenças e filhos antes da hora, mas também precisam ensinar aos jovens planejamento familiar. Mostrar a eles quanto custa criar um filho e todas as consequências de ser mãe e pai.

O sábio Salomão já dizia que há tempo para tudo. Quando aceleramos uma etapa, comemos a sobremesa antes do jantar, colhemos os frutos dessa escolha.

Glamouroso, glamourosa, pense primeiro em estudar, se profissionalizar. Monte uma estrutura para sua futura família para não chorar mais tarde. Muitas crianças estão abandonadas e muitos jovens sem perspectivas porque nasceram sem planejamento.Você não quer isso para a sua família. Quer?